Um retrato do cenário mundial atual são incertezas geradas pelo isolamento social.
A recomendação das autoridades de saúde OMS em manter o isolamento social, afim de minimizar a propagação do vírus, traz mudanças drásticas no comportamento das pessoas.
A adoção de novos padrões na tentativa de reduzir o contato físico, traz fatores de riscos psicológicos como o adoecimento da saúde mental, assim como outros fatores como alimentação desregrada, doenças preexistentes, ausência de acompanhamento psicológico, sedentarismo e a angustia pela
necessidade de sair de casa.
Em muitos casos de ansiedade vem pela apreensão ao medo de ser contaminado, cenário mundial atual de crise com desaceleração econômica, perda de renda e as diversas incertezas e dilemas que enfrentamos em meio a pandemia.
O resultado disso é caracterizado pelo nível elevado de irritabilidade, desconforto, desamparo, tédio e raiva ao que não difere muito de situações traumáticas, como as oriundas de tragédias.
O isolamento prolongado é, portanto, um forte fator de estresse e desarmonia neurofisiológicas, podendo ser estes: desequilíbrios hormonais, inflamatórios e neuroquímicos, e nos casos de sintomas persistentes pode-se até desencadear um transtorno mental mais grave. Segundo pesquisas recentes da UERJ, “as mulheres são mais propensas do que os homens a sofrer com estresse e ansiedade durante a quarentena”.
Como saber se estou ansioso ou com depressão?
Fique atento, porque em períodos como esse de apreensão, um pouco de ansiedade é normal, porém é preocupante quando os sintomas se expandem aos limites relacionados com o isolamento, invadindo outras faces da vida como a familiar, conjugal e profissional. Muito comum também surgir leve sintomas
físicos como tremores, cansaço fácil, sensação de falta de ar ou asfixia, coração acelerado, suor excessivo, mãos frias e suadas, boca seca, tontura, náuseas, diarreia, desconforto abdominal, ondas de calor, calafrios, micção frequente, dificuldade para engolir, sensação de engasgo, entre outros.
Caso você esteja ao ponto de deixa de ter interesse pelas atividades que gostava, é invadido por intensa tristeza, sente uma irritabilidade incontrolável, sensação de fadiga, desgaste emocional, insônia,
pensamentos negativos, já se caracteriza uma depressão. Porém é muito comum a coexistência de sintomas depressivos e de ansiedade.
Quando a ansiedade e a depressão começam a afetar a funcionalidade do corpo, sistemas imunológicos e mentais, é sinal que se deve buscar ajuda profissional qualificada.
Estratégias para controlar a ansiedade
O ansioso é aquele que está sempre no futuro tentando solucionar problemas que ainda não existem e que possivelmente nem existirão. A meditação é uma forma de estar no presente, pois ajuda a esvaziar a mente das ocupações que deram ansiedade.
Pesquisas cientificas de Neurocientistas já comprovaram que a prática de meditação contribui para aumentar a região do córtex pré-frontalesquerdo, região responsável pelo sentimento de felicidade.
Eldemir
4 set 2020Parabéns pelo artigo!